29 de Setembro de 2020 | 10:38

Atuação de cambistas nas estações cresce em meio à pandemia

A queda no fluxo de passageiros, que chegou a mais de 65% durante a pandemia, não é a única responsável pela crise financeira que a SuperVia enfrenta. A atuação de cambistas em nossas estações cresce a cada dia e registramos um aumento de 250% nesse tipo de crime entre julho e setembro. Estima-se que o prejuízo em função das fraudes seja de cerca de R$ 200 mil por mês.

O ramal Santa Cruz, que atende a Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, é o mais afetado pelo problema. Das 30 estações do sistema ferroviário onde há atuação constante de cambistas, 16 delas estão neste ramal. Além da venda de passagens por um valor abaixo do praticado, por meio de cartões fraudados, os criminosos também atuam através da adulteração de validadores.

Para coibir esse tipo de crime, realizamos ações como atualizações de software do sistema de bilhetagem, aquisição de novos cartões com tecnologia que evita a fraude, e apoiamos o trabalho de investigação e prisões realizados pela Polícia Militar e Civil. Esta parceria resulta em ações como a do dia 23/09, na qual a Polícia Civil prendeu 8 integrantes de uma quadrilha que praticava esse tipo de fraude. Desde o início do ano, registramos 18 prisões de pessoas envolvidas em esquemas de fraude em vale-transporte. Como a atuação dos cambistas é um problema de segurança pública, quando tomamos conhecimento de sua presença, acionamos as autoridades policiais e registramos os casos nas respectivas delegacias das áreas, além de nos colocar à disposição para contribuir com as investigações.

Vale lembrar que os nossos cartões são comercializados exclusivamente nas bilheterias das estações e que colaborar com a atuação destas quadrilhas é contribuir para a degradação do sistema ferroviário, especialmente em um momento de crise financeira como o que estamos passando.