02 de Julho de 2020 | 17:08

Furto de cabos e outros atos de vandalismo contra o sistema ferroviário aumentam no 1º semestre de 2020

Mesmo com a pandemia e a diminuição no fluxo de pessoas circulando pelo Rio de Janeiro, os atos de vandalismo e as ocorrências de insegurança pública (tiroteios, por exemplo) continuaram a impactar a operação dos trens. Só nesta primeira metade do ano, já registramos quase 250 casos de vandalismos, 66 deles envolvendo furtos de cabos de energia e sinalização, 40% a mais do que o observado no mesmo período em 2019. Este número reflete apenas os casos em que os criminosos conseguiram concretizar o ato, não incluindo as diversas tentativas de furto que não tiveram sucesso, mas que também causaram impactos ao sistema. No total, foram retirados cerca de 4.162 metros de cabos, que normalmente são vendidos em ferros-velhos, graças ao cobre presente em sua composição.

A cada semestre, gastamos cerca de R$ 5 milhões para recuperação de vandalismo e R$ 3 milhões para substituição de cabos furtados, valores que poderiam estar sendo empregados em melhorias do nosso serviço e, consequentemente, em benefício aos clientes. Mas essa é uma questão que vai muito além do prejuízo financeiro. Cada vez que a circulação é impactada por uma destas ocorrências, milhares de clientes são prejudicados, seja por atrasos na operação ou pela retirada de trens de circulação para realização de reparos. Esse tipo de ato pode afetar também a iluminação das estações, o sistema de áudio e o funcionamento das bilheterias, catracas e elevadores.

Mesmo com uma malha ferroviária de mais de 270 km e que por vezes passa por áreas de risco, seguimos firmes trabalhando para realizar a segurança da ferrovia. Só este ano, o combate ao furto de cabos resultou em 16 prisões, graças à colaboração das forças policiais e ao trabalho da nossa equipe de inteligência, que monitora locais de maior incidência e apoia na localização das quadrilhas especializadas neste crime.

Infelizmente, os furtos de cabos não são nosso único problema. Outros crimes contra o patrimônio público também são observados malha ferroviária e acabam afetando a jornada diária de nossos clientes, como:

Vandalismos contra os trens

Desde o início do ano, contabilizamos 58 ocorrências de janelas e visores de porta arrancados durante as viagens; 11 para-brisas danificados por pedradas; duas câmeras de monitoramento vandalizadas; 26 casos pichações/grafitagens e 81 furtos de materiais dentro dos trens. Em relação a janelas e para-brisas, quando esses itens são vandalizados e precisam ser trocados, os trens saem de circulação durante pelo menos dois dias para a realização dos reparos. 

Vandalismos e furtos de álcool em gel 70%

Desde maio, como uma medida de contenção do novo coronavírus, instalamos dispensers e totens de álcool em gel 70% nas estações para utilização dos clientes. Ambos os dispositivos são inovadores, acionados sem a utilização das mãos e oferecem a quantidade certa de produto para garantir a higienização, de forma gratuita. Até o fim de junho, foram registrados 59 furtos e 209 vandalismos contra estes equipamentos, tão importantes para garantir a segurança de cliente e colaboradores neste momento de pandemia.

Tiroteios prejudicaram a circulação

Vários tiroteios que provocaram impacto na circulação dos trens também foram registrados neste semestre, mesmo em meio à pandemia. No total, foram 15 ocorrências nas proximidades da linha férrea, afetando a circulação dos trens durante cerca de 10 horas, a maioria no ramal Saracuruna. Vale ressaltar que mesmo após o término do tiroteio, a circulação segue suspensa por mais algum tempo, durante o qual realizamos as vistorias e manutenções necessárias na linha para garantir a retomada da operação em condições adequadas.

Repudiamos essas ações que danificam o patrimônio público e prejudicam o deslocamento de milhares de passageiros que dependem dos trens diariamente. Além do apoio do Governo do Estado, que atua por meio do Grupamento de Policiamento Ferroviário (GPFer) na segurança da ferrovia, a colaboração de toda a população é fundamental, no sentido de ajudar na conservação de trens e estações e de denunciar caso presencie algum destes crimes. Para fazer a sua denúncia, você pode entrar em contato direto com as autoridades policiais, através do telefone 190 ou pelo Disque Denúncia, pelo telefone 2253-1177.