18 de Junho de 2021 | 10:22

Restrições de velocidade para garantir a segurança operacional

Mesmo diante das dificuldades causadas pela pandemia, temos trabalhado para continuar atendendo a população do Rio de Janeiro, respeitando as recomendações dos especialistas em saúde, e sem abrir mão da segurança operacional. Por este motivo, realizamos manutenções preventivas e monitoramos constantemente as condições dos trens e da via.

Um dos fatores que pode afetar a integridade dos trilhos é a variação de temperatura. Quando expostos a altas ou baixas temperaturas, os trilhos ficam mais propícios ao fenômeno físico natural que acomete os sólidos, neste caso, o aço, podendo gerar oscilações em seu volume (dilatação ou contração) e desgastes dos mesmos. Temos monitorado a temperatura na via e, ao primeiro sinal de alerta, nosso Centro de Controle Operacional toma as medidas necessárias para garantir a segurança operacional. Uma delas é restringir a velocidade dos trens em trechos críticos.

Durante o verão, a restrição de velocidade costuma acontecer nos horários em que a temperatura nos trilhos é maior, entre 12h e 15h, que coincide com o horário de menor fluxo de clientes nos trens. No entanto, durante o inverno, os picos de baixa temperatura acontecem nas primeiras horas da manhã e durante a noite, horários em que o fluxo de clientes é mais intenso. Em uma situação normal, esta restrição de velocidade poderia ter baixo impacto na operação, no entanto, quando ocorrem em paralelo com os diversos pontos de furto de cabos identificados ao longo da via, o tempo de viagem pode ser afetado.

“Um dos nossos pilares é a segurança inegociável e toda alteração que fazemos na circulação dos trens tem como objetivo a realização de uma viagem segura para nossos clientes e colaboradores. Sabemos que ferrovias do mundo inteiro enfrentam as mesmas dificuldades de variação de temperatura em determinadas épocas do ano, mas infelizmente, diante da crise de segurança pública enfrentada aqui no Rio de Janeiro, os impactos acabam sendo maiores.” Roberto Fischer, Diretor de Manutenção